Orquestrado nas demais instâncias partidárias, antes incorporadas de fato, de direito e por dever, à aliança nascida em 98, o réquiem para a retirada da candidatura de Rachel Teixeira à Prefeitura tem agora sua partitura final a cargo do seu próprio partido, o PSDB. O sonho de Rachel de conquistar a unanimidade da base aliada para depois enfrentar a fortaleza Íris Rezende vai-se diluindo no enfrentamento das resistências e na pouco dissimulada queda de braço entre PP e PSDB.
A alternativa Demóstenes Torres pode ser a guinada que a todos os partidos envolvidos num condomínio de poder poderá salvar pelo contexto em que surge e pela força que, em princípio, sugere dispor para a almejada reunificação da base. A deputada perderá menos se jogar a toalha. Muito mais arrisca se insistir na empreitada, obrigando seu partido a forçar uma passagem, estreitada por um jogo de pressões nitidamente grupal.
O recuo preserva a porta aberta para a reunificação. Demóstenes surgiriam como elemento catalisador, selando uma volta ao centro da aliança PSDB-DEM, principal eixo por onde gravitariam os demais consorciados para o desafio de 2010. A oportunidade que a candidatura Demóstenes abre não alcança tão-somente a possibilidade do reencontro político entre os dois, mas alarga o espectro partidário por passar ao PP e a outros menos seduzidos com a perspectiva de poder, a idéia de que unidos podem repetir os feitos políticos até aqui. Divorciados, se obrigarão a novos pactos onde o papel de cada um será, fatalmente, menos relevante e mais coadjuvante. Agora é esperar para saber qual a leitura o PP faz de tudo isso.
Guindada ao centro das atenções na base aliada, a suposta candidatura Demóstenes à Prefeitura eleva a expectativa quanto ao posicionamento do comandante do processo, governador Alcides Rodrigues. O imediato apoio ao nome que empresta ao cenário a força da aglutinação porá fim às especulações de que o PP teria optado por uma outra trilha política, mesmo levando em contra o desafio maior que seria conter o avanço do PMDB e companhia. Ou, do contrário, vendo aí o ensejo para mudar de companhia, encerrando uma história para tecer uma aventura.
(Próximo texto: A face autofágica do PMDB)
Um comentário:
A farra com dinheiro público em apenas três anos (2003 a2005) consumiu R$ 668 milhões em propaganda e promoção pessoal em nome do Governo Alcides/Marconi. A dupla torrou mensalmente a bagatela de mais de R$ 18,5 milhões dos cofres públicos com propagandas em veículos de comunicação. A vontade do governo atual de aparecer na mídia sempre falou mais alto. Os gastos com publicidade nesses três anos dariam para comprar 16.057 ambulâncias, ou até mesmo, 45.180 casas populares.Especialistas em marketing afirmam que a divulgação constante de anúncios da Celg (período 1999 a 2006) contrariam qualquer lógica de mercado. A estatal não precisa fazer propaganda , já que é uma empresa sem concorrência no mercado, é a única que fornece energia elétrica para a população. A Celg não precisa ‘vender o seu produto’ pois é a única opção dos goianos no setor. A utilização de publicidade só justificaria em casos de utilidade pública – como divulgação de interrupção de fornecimento. A quadrilha...
Postar um comentário