quinta-feira, 31 de julho de 2008

O DNA DO MACHO

Estou plenamente de acordo com aquele filósofo grego:
“O homem que não sabe cozinhar não sabe amar”.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

CONFIDENCIAL


Há dias O Popular listou 304 cartórios extrajudiciais que, por determinação do Conselho Nacional de Justiça, terão de promover concurso público, sob a vigilância do Tribunal de Justiça, para a substituição dos atuais titulares. Um outro cartório estaria, segundo uma escrevente, sob o risco de um outro crivo. A fonte que voluntariamente narrou os fatos foi detalhista nas informações e fatalista nas previsões: “É caso para intervenção”.
No momento, o risco a que estão expostos seus patrões decorre, tão-somente, da incontinência verbal da fonte que se vangloria de estar de posse de robustas provas.



sexta-feira, 25 de julho de 2008

Escrevendo pelas orelhas

Bantam Classic/ 192 pgs.

Se o valor de um escritor - segundo adágio certamente já dito por alguém - pode ser medido pelo quilate de seus leitores, não é de todo errado supor o inverso: a resistência de alguns em ler determinado texto pode contribuir e muito para o prestígio da obra em questão e de seu autor. Por essa lógica, a importância de James Joyce como escritor pode ter sido, na visão de muitos, catapultada desde que Paulo Coelho, numa entrevista à Veja em 2001, tachou Ulisses e Finnegans Wake de “ilegíveis”.

O James Joyce de Dubliners, entretanto, ainda não é o dos mergulhos intimistas de Ulisses ou dos experimentalismos lingüísticos de Finnegangs Wake, embora nesta série de quinze contos já estejam presentes algumas idéias, e mais do que isso, personagens, redivivos pelos autor nas suas duas obras máximas. Sua cidade natal e seus habitantes, conterrâneos de Joyce, são expostos ao leitor com uma crueza embalada por caudalosos ressentimentos, como, aliás, foi sua relação com a Irlanda por toda sua vida. O jeito particular que o autor tem de cantar a própria aldeia é através dos tipos beberrões, grosseiros, e poltrões de diversos matizes, que emolduram o ambiente de atraso e “paralisia” que engessava os irlandeses. Os insultos de Joyce são sempre dirigidos à terra que nunca lhe emprestara o valor que ele julgava merecer, mesmo que, curiosamente, ele nunca tenha de fato ousado dela se desvencilhar por completo.

O intertexto entre algumas histórias no livro busca uma simetria sutil e só aparentemente despretensiosa. Já se encontra aqui uma urdidura fictícia própria de um artista ainda jovem – a ser posteriormente “retratado” em outro livro, A Portrait of the Artist as a Young Man - mas com pretensões já incomensuráveis para os limites da Irlanda. Em tempo: a edição da Bantam pode ser encarada por quem tem um inglês razoável. Não chega a ser ilegível, como quiseram alguns...

terça-feira, 22 de julho de 2008

CONSUMIDOR EM TELA

A eficiência como terapia.
Sou um consumidor sui generis. Levo ao extremo a resistência à compra a prazo. Se não posso pagar hoje, imagina amanhã! Desenvolvi também incomum capacidade de relacionar-me com a outra parte com muito respeito, na expectativa da recíproca, mais que recíproca. Afinal, quem deve conquistar quem? O papel de conquistador pertence mais a quem está do lado de dentro do balcão.De quem quer nos vender serviços, idéias, persuadir-nos das vantagens da transação, etc.

Fico fascinado com o bom atendimento. Portanto, a partir de agora o consumidor tem um espaço nobre nesta tela. Por justiça e por princípio, hoje quero ressaltar a qualidade do atendimento da Clínica São Marcelo. Fica na Av. Americano do Brasil, ali no areião (aquela ampla área verde no setor Pedro Ludovico).

Tive a sensação de estar no primeiro mundo. Cheguei, fui atendido prontamente por uma solícita secretária. Em questão de minutos já estava sendo levado para o local onde me submeteria a uma radiografia ou coisa parecida. O fato é que foi tudo muito rápido e imediatamente fui avisado de que deveria buscar o resultado no outro dia, em hora marcada. Fui para casa com a sensação de que a mentalidade dos profissionais em Goiânia está mudando e muito. Para melhor.

Na segunda ida ali constatei que minha expectativa fora superada. Na hora marcada, lá estava outra solícita atendente, pronta para me entregar o envelope. Além do mais, as instalações ali são confortáveis. De quebra, ao sair constatei que ao lado da clínica há um estacionamento privativo para os clientes. Veja bem: sou paciente do Ipasgo, não senti discriminação, muito menos má vontade do pessoal que me atendeu.

Recomendo aos amigos e aos milhares de leitores deste blog: faça como eu. Seja observador e exigente. Quando sou mal atendido, crio caso. Quando ocorre o contrário faço, por coerência, a propaganda. Não tenham dúvida: adoeçam ou façam chek-up preventivos, desde que ponham a Clínica São Marcelo em seus planos. Ali a cura vem, primeiro, pelo bom humor que você experimenta ao sentir-se respeitado.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

OLHA O GRAMPO AÍ, GENTE

Bem, pelo que se lê na grande imprensa a Polícia Federal entrou em roda-viva. Um grupo de policiais da PF teria sido espionado por outro grupo da mesma instituição, no curso da operação Satiagraha. Veja só! Se a coisa anda assim lá entre os grandes escalões, imagina nos escalões inferiores. O grampo de telefone, a propósito, está tão banalizado que, pelo menos para efeito de propagarem eficiência, alguns detetives particulares chegam mesmo a dispor de uma tabela de preços para serviços complexos de espionagem, com direito a escuta telefônica fora da lei. Já começo a acreditar na advertência que um amigo me fez há um ano. “Cuidado”, dizia ele, “muitos jornalistas estão grampeados e você pode ser um deles”. Respondi com irônica gargalhada. Que importância tenho para ter telefone “grampeado”.

Sabe-se lá por quê? Meu amigo sabe das coisas. Para reforçar suas suspeitas, narrou fatos e amizades para que ninguém possa subestimar suas fontes. Estou mais precavido. A linha de telefone fixo só serve mesmo para conectar a internet ou marcar encontros. Um homem prevenido vale por dois.

Em tempo: estou ao lado de 90% da população. Entre acreditar na versão do governo e no delegado da PF, Protógenes Queiroz, fico com este, duvidando, como sempre, daquele. É da tradição do governo Lula dispor de um estoque de versões, para um só fato. E quanto mais nebuloso o fato, mais versões chegam à mídia.

SEI O QUE VOCES ESCREVERAM ONTEM

Fiquei um bom tempo privado deste espaço. Ressabiado, estou tateando, cauteloso. Enquanto fiquei à margem consegui, pelo menos acessar a alguns blogs. Sou leitor fiel dos meus amigos blogueiros Wassil Oliveira, Afonso Lopes, Eduardo Horácio. Todos antenados com os acontecimentos e fiéis intérpretes dos fatos. Todos sabem que os fatos têm alma. Ainda bem.

Minha avidez para saber das coisas se estendia ao cotidiano dedicado aos colunistas e articulistas do DM e de O Popular e do Hoje. Estou aprendendo a administrar o tempo e racionalizar as leituras. Existem incontáveis blogs, muitos irresistíveis. Não há como não hierarquizá-los de acordo com nossas necessidades jornalísticas, culturais, e, inclusive, o precioso tempo. Então tá.

sábado, 19 de julho de 2008

DAQUI e DELÁ

É segredo empresarial, mas não é crime divulgá-lo. A J. Câmara encomendou pesquisa focada em segmentos importantes da sociedade de Anápolis.Objetivo: editar na grande cidade um novo diário, a exemplo do Daqui. Só que o próximo será DeLá.

O Instituto de Pesquisas Observatório entrou em campo para ouvir gente de fino trato, capaz de expressar opiniões sinceras a respeito da expectativa, receptividade e tempestividade do novo empreendimento editorial do grande grupo de comunicação. As antenas de Júnior Câmara se equiparam àquelas que captam sinais nas diversas galáxias e deixam a Nasa sempre sintonizada com o futuro.

OBRIGADO, DEOLINDA

Estou retornando aos poucos. Consegui, finalmente, abrir (sei lá como se chama aquilo) o local onde chegam os emails. Estou de acordo com o Unes, de O Popular. Esse negócio de "italicar" as expressões fora da língua-pátria é bobagem. Vamos implementar a reforma ortográfica já anunciada e dar nossa contribuição. Às favas tantas regras. Vamos ao conteúdo.
Olha, Deolinda, muito obrigado pela solidariedade e pela experiência a mim passada. Vamos, sim, fundar a associação dos lesados da Brasil Telecom, da Uol, e outras mais. Vou tentar novos parceiros, pois nunca fui tão desrespeitado nos meus direitos desde quando inventaram esse, como é mesmo? serviço de telemarketing? , sei lá... Até hoje só não reclamo da pontualidade na entrega dos jornais dos quais sou assinante: Diário da Manhâ e O Popular. Eles me respeitam como comprodores de seus produtos. Como se vê, as exceções existem.
Como as coisas para nós consumidores se tornaram tão difíceis, quando tudo pareceria mais fácil com o advento da internet, da barra de leitura, etc.. É tudo um resumo de tormento à distância. Já observou que para cumprirmos nossos deveres é só ir a um banco e pagar as taxas? Se não pagar, lá vem a lei, impiedosa e a gente tem que pagar com juros, não importa se a outra parte não cumpriu o combinado. Depois ficamos com a cara de palhaço, sem ter a quem apelar. Vamos nos interagir e buscar soluções, ok? Comunique-se.

DIGA-ME COM QUEM ANDAS...

Imagino que o candidato a prefeito Maguito Vilela está se lixando para o que eu penso. Aliás, ele tem até o direito de pensar que eu não penso. Ainda assim atrevo-me. Direito é direito. Ele pensa o que quiser do senador José Sarney. Eu também. Essa história de trazer o ex-presidente José Sarney para reforço de sua candidatura pode ser, como diria Vicente Matheus, falecido dirigente do Corinthians, “faca de dois legumes”.

O que liga Sarney a Goiás é a lembrança da asfixia que seu governo promoveu contra o governador Henrique Santillo. Por confiar na promessa do governo federal, Santillo implementou o PPA – aquele projeto que permitiu asfaltar todas as entradas das cidades, ligando-as às rodovias. Santillo fez uso de recursos estaduais confiando na compensação prometida. Ela não veio e aí começou o sufoco financeiro do Estado, já às voltas com a inflação nas nuvens.
No acidente do Césio-137, o governo Sarney agiu com omissão e lentidão, levando a economia de Goiás à bancarrota. A inflação estratosférica deu ao fim do governo Sarney a singular oportunidade de um unânime júbilo nacional.Até os mais ingênuos dos goianos sabem destes fatos. Sarney foi o algoz do governo Santillo, dentre outras razões por te-lo como adversário na disputa do diretório nacional do PMDB. Santillo era da ala Ulysses Guimarães. Sarney era da ala liderada, sabe por quem? O “ínclito” Jader Barbalho. Que dupla!

Não são os políticos os primeiros a reconhecerem que o povo é sábio? E nem convém apostar na memória curta do eleitor. Sarney é figura emblemática: como intelectual tem seu relativo valor. Como sobrevivente da ala bossa-nova da golpista UDN tem seu papel na história justificadamente muito questionado. Há 53 anos milita na política, e um de seus momentos históricos mais controversos foi comandar, no Congresso, a derrota das eleições diretas para a Presidência da República, ciente de que estava, como esteve em inúmeras vezes, na contramão da história.

Li dois bons livros sobre o domínio da oligarquia Sarney no Maranhão, que, aliás, se estendeu para o Amapá, onde se elegeu senador. Dois corajosos jornalistas maranhenses se prestaram a desvendar o mito, o dono do Maranhão e sua abastada família.Como teria sido possível a um homem público dedicado aos interesses de seu Estado e do País 24 horas por dia, todos os dias, conseguir tanto sucesso econômico, se não sobrava tempo para as atividades particulares? Pense bem, Maguito. Cuidado com quem andas. Quanto à sua lisura e honradez, não levantaria nenhuma dúvida.

Andar com fé eu vou...

Há sim um estofo de grandeza quando se é cassado pela vontade popular.Não é o meu caso. É trágico ser cassado por conspiração de fatores sobre os quais você não tem nenhum controle.
Pensei que não tivesse inimigos. Tenho. Pensei que eles não jogassem pragas. Jogam. Pensava que praga não pegaria. Pega. Imaginava que não acreditaria nelas. Já acredito. É por isso que estou há muito sem poder escrever. Um alento: meu eleitorado divide comigo a angústia do interregno.
Uma sucessão de problemas, ora no computador ora no moldem (?) ora na Uol ora na pqp tem reforçado meu complexo de jornalista marginal. É isso mesmo. Estou à margem pela localização geográfica, pelos obstáculos para o ressurgimento do meu pasquim, pela dificuldade de receber o que me devem e me prometeram e pela conspiração da informática que, de repente, não mais que de repente, cassa-me o sagrado direito ao jus sperniandi nesta tela.
Um filho de Deus, finalmente, apareceu aqui. Seu nome é Fábio. Rapaz tímido, mas inteligente ao extremo.Magistral nas três atividades paralelas que exerce. Numa delas, a de Web-disign, raia à genialidade. Conseguiu identificar o problema e promete que voltarei à baila logo logo. Oremos pois.

domingo, 13 de julho de 2008

À ESPERA DE SUPORTE

Tento todos os dias. Uma hora dará certo. Conseguirei falar na Telecom e na Uol.

Aos milhares, ou melhor, às centenas...Bem, às dezenas dos meus caros leitores e leitoras cumpre explicar: meu computador me surpreendeu. Sempre o tive na qualidade de companheiro de todas as horas. Não é bem assim.Não é um ser humano mas também tem suas falhas.

Nunca pensei que fosse experimentar sensações tão antagônicas: a satisfação de alimentar diariamente um blog e a frustração de ficar sem poder acessá-lo por longo tempo. Escrevo hoje na tentativa de inserir minhas desculpas num espaço que tanto prezo e que deve ser utilizado para coisas mais importantes. Temo que possa dar tudo errado, como tem sido ultimamente. Vou tentar divulgar esta nota. Meu filho não está aqui para dar o suporte técnico de que dependo. Vamos lá.

Essa tal de Telecom, que lástima! Promete tanto até nos ter como cliente, depois vem o drama de a gente não conseguir contato. O mesmo digo da Uol, pois a pane ocorrida em São Paulo sobrou para mim, acrescentando mais problemas na minha máquina. Será que só eu estou pagando o pato aqui em Goiânia? E mais: Telecom, espertamente, não discrimina as tarifas telefônicas do custo da banda larga promocional. Mistura tudo e apresenta a conta, cada vez mais salgada. A Uol repete a mutreta mais diretamente: prometeu a taxa mensal de pouco mais de 9 reais, a segunda conta já veio no valor superior a 16 reais. Apelar para quem, se a gente não consegue contato para reclamar nem dos defeitos. Imagine das contas! A propaganda enganosa continua. Aos incautos resta pagar caro pela baixa qualidade dos serviços.

Espero a vinda aqui de um filho de Deus capaz de repaginar o blog e me instrumentalizar melhor para agregar outros blogs, pois tenho recebido muito apoio dos que operam na mesma freqüência da comunicação via internet, divulgando-me em suas páginas.

Venha, filho de Deus, com seus largos conhecimentos de informática e tire-me do isolamento. Quero voltar a produzir. Por favor Telecom, Uol, respondam aos meus apelos. Preciso escrever. Preciso me interagir com meu público, vasto público. Sei que são milhares, pela qualidade e pela credibilidade de cada um dos leitores. Cada eleitor vale por muitos. Tenham paciência. Eu voltarei.