quinta-feira, 17 de abril de 2008

Haverá de valer a pena, aliás, já está valendo

Não vou dizer que foram centenas, mas a qualidade dos amigos e dos conhecidos que manifestaram apoio pelo artigo (DM, 16/04/08) e pela iniciativa de lançar um blog me autoriza a contabilizar o aplauso de uma multidão. Afinal, todos são formadores de opinião, seja pelo nível cultural e de politização, seja pela reputação que os acompanha. Ressalto que a repercussão deixa evidente a força e a penetração do bravo DM, plural nas opiniões e singular no ideal de se postar intransigentemente na defesa dos mais caros valores de uma sociedade democrática. Ademais, a indomável postura libertária do fundador e editor do Diário da Manhã, Batista Custódio, e sua brava equipe estimula um universo de jornalistas a não desistir. No meu caso, lanço mão de todas as oportunidades para não escudar-me na omissão, menos ainda conter a visceral vocação profissional da qual nunca conseguiria escapar.


Meu passo inicial foi em 1972, quando vim a saber que existia redação e ali me esperava a vaga de Editor internacional, após um teste que elevou minha auto-estima e a confiança no futuro. Para quem migrou da portaria da empresa para a disputada redação de O Popular foi um salto descomunal e desafiador.

Quase 10 anos depois outro bom salto eu daria quando Batista Custódio abriu-me a porta no mesmo dia em que a outra se fechou, incorporando-me à revolucionário equipe que, quatro meses antes, fizera decolar o vibrante DM, sucedâneo do lendário Cinco de Março. A passagem pelas duas redações mais conceituadas foi a melhor e mais rica experiência , a mas benfazeja escola, em cujo processo de aprendizado - e que ainda prossegue - nas melhores companhias, moldei minha filosofia de vida, priorizando o interesse social como é de dever de todo jornalista que se preza. Como se vê, pela militância, parte da história do jornalismo, mas não abrirei mão, jamais, de estar presente - com acidez ou ternura - sempre que os fatos tocam a incomum capacidade que tenho de indignar-me por força de uma figadal rejeição ao conformismo. A passividade não pode ser uma boa conselheira para quem se insere profissionalmente no espaço da comunicação social, cuja razão é o olhar atento ao que consulta o interesse da coletividade.

Nenhum comentário: