domingo, 20 de abril de 2008

Questão de justiça

Trata-se de uma questão muito complexa para que eu, ou qualquer outro, à distância, emita juízo de valor. Só quem viveu a agonia da perseguição política, sob os auspícios da “redentora”, o golpe militar de 64, pode ser árbitro de seus sentimentos em face dos dissabores (que eufemismo): físicos, psicológicos, morais, profissionais etc., com o testemunho da família, a vítima por extensão. Agora, ver Ziraldo, Cony e tantos outros levar a bolada e mais salário/aposentadoria me conforta. Se eles estão física e psicologicamente intactos e continuaram fazendo o que gostam, rogo para que o bravo, o decente, o coerente, o digno Pinheiro Salles seja reconhecido proporcionalmente. E assim mantenho a expectativa de que Pinheiro seja indenizado em valores 10 vezes maior, ressaltando que sua dimensão moral não tem preço.

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