Vence o prazo para que o projeto da reforma administrativa chegue à Assembléia. Sua abrangência, impacto, repercussão política e conseqüências imediatas oferecerão bons indícios de como se poderá fazer a leitura da nova cartilha política made in Alcides Rodrigues-Jorcelino Braga. A reforma começa e termina bastante politizada pela expectativa gerada, pela apreensão de potenciais vítimas dos deslocamentos de funções em série e pelo perfil dos que serão ou não alcançados pelo braço impiedoso de seu principal mentor.
Vai-se, finalmente, cutucar muitas onças com vara curta. Para cada contemplado com as indicações, há um padrinho roendo as unhas e se indagando: “por que eu”?Aquele que teria dado o exemplo de sua disposição de enxugar a máquina, cortando na própria carne está à vontade. Tem o apoio (quase incondicional) do governador e a epidérmica vocação para enfeixar poderes. Teria, assim, na formulação das premissas intervencionistas em todos os órgãos do governo, se credenciado a montar a lista de trivialidades, platitudes e peduricalhos outros identificados com a senha de tempo novo, mas condenados pelo vencimento do prazo de validade.
Vai-se, finalmente, cutucar muitas onças com vara curta. Para cada contemplado com as indicações, há um padrinho roendo as unhas e se indagando: “por que eu”?Aquele que teria dado o exemplo de sua disposição de enxugar a máquina, cortando na própria carne está à vontade. Tem o apoio (quase incondicional) do governador e a epidérmica vocação para enfeixar poderes. Teria, assim, na formulação das premissas intervencionistas em todos os órgãos do governo, se credenciado a montar a lista de trivialidades, platitudes e peduricalhos outros identificados com a senha de tempo novo, mas condenados pelo vencimento do prazo de validade.
Uma outra senha a tudo substituirá como pressuposto de que nova e dinâmica mentalidade se instalou ali, razão por que fora ali o local escolhido para a estréia do processo de remoção do entulho e aterramento do passado. Será a abrangência da reforma com o fervor reformista de seu idealizador o balizamento a sugerir que uma nova era se inaugura, virando-se a página na expectativa de que nos próximos dois anos se escreverá uma nova história? E será ela a determinante na inclinação do eleitorado para ver se tudo dera certo conforme tem sido o prognóstico de quem veio para avançar sem olhar para trás?
Na seqüência dos bons indícios de como se poderá mirar adiante, aguardemos a primeira ofensiva publicitária nascida de uma nova concepção já previamente anunciada pelo secretário extraordinário – e põe extraordinário nisso – Túlio Isac. Registra-se que, novamente, a fonte inspiradora dessa revolução na interação governo-mídia-sociedade está lá, sem nenhuma ironia, na Secretaria da Fazenda. O polivalente secretário entende sim, e bem, do riscado. Conheci-o na agência onde se produziu o que de melhor se poderia para que o candidato à sucessão ganhasse densidade eleitoral.
Pelas mensagens que chegarão, provavelmente nos próximos dias, se desvendará ainda mais o projeto futuro do governo pelo que já fez e pelo pretende fazer. E não venha a oposição colocar tudo na conta do ano eleitoral. O governo precisa e deve, de fato e por dever, dizer o que está fazendo, o que pretende fazer por quais razões. Recentemente os jornais diários noticiaram o retorno dos programas sociais e, para alguns, houve até elevação dos investimentos e ampliação da população beneficiária. Com certeza, são avanços que desfazem qualquer suspeita de que o traço de continuidade não esteja presente como elemento identificador de que uma transição pacífica se operou para o bem de todos.
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